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Diagnóstico de artrite psoriásica pode ser percebido na manicure

Unhas com aspecto diferente, geralmente confundidas com infeções fúngicas, como micose, podem sugerir sinais da enfermidade, alerta reumatologista

Muitas pessoas que possuem deformações como manchas esbranquiçadas, ondulações e até “furinhos” nas unhas as tratam como infecção fúngica, sem sucesso. Isso porque o diagnóstico está errado.

Segundo a reumatologista Luiza Fuoco Rocha, da Imuno Brasil, sinais como estes, embora sejam facilmente confundidos com outras enfermidades, podem sugerir o diagnóstico de artrite psoriásica.

A artrite psoriásica é uma doença inflamatória crônica que acomete articulações, tendões e coluna causando dor, deformidade, fadiga e grande impacto na qualidade de vida dos pacientes. Na maioria dos casos as lesões de pele da psoríase precedem a manifestação articular, mas ocasionalmente podem surgir depois, se apresentar em locais escondidos (couro cabeludo, regiões de dobra ou genital) ou nas unhas” diz Luiza.

A médica ainda ressalta que outros sintomas desta forma de artrite como descamações, lesões avermelhadas, dores nos dedos e pernas podem ser reconhecidos durante um momento de cuidado, como ir a manicure.

E que se caso sejam percebidos o ideal é procurar por um reumatologista para avaliação e diagnóstico completo. Isso, principalmente, porque o tratamento para artrite psoriásica, apesar de ser realizado com uso de antinflamatórios e imunossupressores, é individual e merece acompanhamento de um especialista.

Os biológicos, como inibidores de TNF alfa, IL17i, 12/23i e IL23i, demonstraram um claro benefício em controlar os sinais e sintomas de psoríase e da artrite psoriásica. Ao bloquear essas substâncias observamos redução de dor e inflamação nas articulações, resolução da inflamação da pele, e interrupção dos processos que levam a destruição articular”.

O diagnóstico e tratamento precoce é fundamental, uma vez que o curso natural da doença pode progredir rapidamente. Entre os cuidados estão o controle de estresse, atividades físicas e acompanhamento psicológico.

Vale lembrar que nenhum destes sintomas é contagioso, e que a doença pode afetar homens e mulheres igualmente. “Por isso, o importante é estar atento a todos os sinais”, finaliza Luiza Fuoco Rocha.

Sobre a Dra. Luiza Fuoco: Especialista em reumatologia e diretora regional da Imuno Brasil, graduada em medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e doutora pela Faculdade de Medicina da USP. Membro da Comissão de artrite psoriasica da SBR e membro do GRAPPA.